Marco Feliciano comenta sobre o Aborto de anencéfalos
Em
entrevista ao site da revista Carta Capital,
o pastor e deputado federal Marco Feliciano (PSC-SP) comentou a postura
de políticos e líderes evangélicos, de não se juntarem ao protesto
organizado pela Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), órgão
ligado à Igreja Católica, contra a liberação do aborto em casos de
anencefalia: “Esse julgamento do STF deveria estar estampado em todas as
igrejas evangélicas de forma organizada, como está fazendo a Igreja
Católica”, opinou.
Para o deputado, a decisão do STF pode abrir outros precedentes:
“Será aberta uma brecha, principalmente, na cabeça das pessoas em
relação a outras más formações. Por exemplo, se uma criança nasce com
uma má formação na orelha ou nasce com síndrome de down, no futuro, as
mães podem pensar que essas características gerarão traumas para a
criança e optarão pelo aborto. Esse precedente não pode ser aberto. Isso
não é progresso, é assassinato”.
Feliciano diz que a decisão, mesmo em casos de anencefalia, não
pertence às mães, mas a Deus: “A mãe não pode ter direito à vida do
filho. O bebê é outra vida e não podemos matar uma criança, as crianças
não podem ser punidas. As pessoas que defendem isso (descriminalização
do aborto em casos de anencefalia) são pessoas que perderam a
sensibilidade. A vida é um dom de Deus. Deus dá e Deus tira.
O pastor Marco Feliciano explicou ainda que não criticou seus pares
na Frente Parlamentar Evangélica, mas que o cuidado com a questão
deveria ser maior: “Acredito que houve um problema de comunicação. Houve
falta de acompanhamento do assunto pelos congressistas da bancada em
razão de muitas pautas circularem pela Câmara e da denúncia de corrupção
contra nosso companheiro de bancada Demóstenes Torres”.
Confira abaixo a íntegra da entrevista:
Caso favorável, a decisão do STF abre precedentes para outras decisões referentes ao aborto?
Marco Feliciano: Sem sombra de dúvida. Caso a decisão seja favorável à
descriminalização do aborto em caso de anencefalia do feto será aberta
uma brecha, principalmente, na cabeça das pessoas em relação a outras
más formações.
Por exemplo, se uma criança nasce com uma má formação na orelha ou
nasce com síndrome de down, no futuro, as mães podem pensar que essas
características gerarão traumas para a criança e optarão pelo aborto.
Esse precedente não pode ser aberto. Isso não é progresso, é assassinato.
Esse posicionamento não negligencia o risco que a gravidez pode causar e o direito de escolha da mãe?
A vida tem que ser respeitada. A medicina pode cuidar da vida da mãe e
do bebê. É uma questão de respeito à vida, de ética e de moral. A mãe
não pode ter direito à vida do filho. O bebê é outra vida e não podemos
matar uma criança, as crianças não podem ser punidas. As pessoas que
defendem isso (descriminalização do aborto em casos de anencefalia) são
pessoas que perderam a sensibilidade.
A vida é um dom de Deus. Deus dá e Deus tira.
Em um artigo, o senhor criticou a bancada evangélica a
respeito da falta de posicionamento sobre o tema. Existe um racha entre
os congressistas religiosos?
Não, acredito que houve um problema de comunicação. Houve falta de
acompanhamento do assunto pelos congressistas da bancada em razão de
muitas pautas circularem pela Câmara e da denúncia de corrupção contra
nosso companheiro de bancada Demóstenes Torres.
Esse julgamento do STF deveria estar estampado em todas as igrejas
evangélicas de forma organizada, como está fazendo a Igreja Católica.
Caso o STF arbitre a favor da descriminalização, existe a
possibilidade do Congresso criar um Projeto de Lei para retomar o
assunto?
Com certeza, o Legislativo vai se posicionar e cumprir sua função de
legislar. A função do STF é de julgar de acordo com a lei criada pelo
Legislativo.
Se a descriminalização for aprovada, vamos fazer barulho na Câmara e
representar o desejo e a moral do povo que nos elegeu. E seja o que Deus
quiser.
Estudo mostra que a espiritualidade e a medicina precisam estar ligadas
Enquanto uma lei no Rio de Janeiro pretende criar uma coordenadoria
para os trabalhos de capelania, uma pesquisa realizada pela enfermeira
oncológica Carolina da Cunha Fernandes mostrou que os pacientes desejam
falar sobre espiritualidade com algum profissional de saúde.
Medicina e religião raramente se unem, mas quando resolveu fazer
mestrado Carolina investigou 300 pessoas, 75 homens entre 48 e 79 anos
com câncer de próstata, 75 mulheres entre 31 e 83 anos com câncer de
mama e outras 150 pessoas que participavam das atividades do Hospital
A.C. Camargo, mas que não tinham a doença.
O resultado mostra o quanto as pessoas precisam de apoio espiritual,
pois 97% dos homens e 86% das mulheres disseram na entrevista que não
haviam conversado sobre suas crenças religiosas com algum profissional
de saúde. Já 57% dos homens e 53% das mulheres disseram no estudo que
gostariam que esse momento tivesse existido.
A pesquisa de Carolina da Cunha Fernandes descobriu também que a
maioria dos entrevistados, 61% das mulheres e 60% dos homens, afirmaram
que poderiam ter se sentidos melhor ou mais dispostos para o tratamento
se tivessem recebido cuidado religioso ou espiritual dos profissionais
de saúde.
O assunto é polêmico e divide opiniões, será que médicos e
enfermeiros poderiam assumir mais essa responsabilidade? Alguns
profissionais já defendem a inclusão do histórico espiritual do paciente
no prontuário médico para que a fé, ou falta dela, seja conhecida e
respeitada pelo profissional do hospital.
Com informações Revista Época
Líder cristão é decapitado por radicais islâmicos no norte de Mali
Um líder cristão foi decapitado por muçulmanos radicais que impuseram
a Lei Sharia em uma parte da região Norte de Mali, localizada na África
Ocidental. Diante das ameaças, os cristãos estão fugindo da cidade de
Timbuku, em Gao as igrejas foram completamente destruídas.
O país sofreu um golpe militar e desde então os cristãos já estão
sendo forçados a deixar suas vidas e tentar fugir para o sul ou para
outros países da África. Algumas sanções foram aplicadas de fora do
país, como o corte do fornecimento de eletricidade o que faz com que os
relatórios com pedidos de ajuda demorem a chegar até as autoridades
internacionais.
Mali é o sétimo maior país da continente africano e fica na borda do
Saara. Para cumprir sua missão o britânico Timothee Yattara resolveu se
mudar para aquela região tão remota e por pouco sobreviveu aos ataques.
Juntamente com sua família ele fugiu para a cidade de Bamako que fica no
sudeste de Mali, mas por ter fugido às pressas o missionário não levou
dinheiro nem para alugar uma casa.
Em seu relato ele diz que os islâmicos possuem uma lista contendo os
dados de todos os cristãos da cidade de Timbuku com a intenção de
executar todos eles por meio da decapitação. “A maioria dos cristãos já
fugiram para a segurança deles tendo a lei Sharia imposta em todo o
Norte”, disse ele.
O problema se agrava cada dia mais, pois Mali está sendo aterrorizada
pela Al Qaeda e os rebeldes associados a esse grupo terrorista tem
reclamado a parte norte do país como sendo sua terra natal. Muitos
rebeldes da Líbia também estão se mudando para o Norte de Malo fazendo
com que a segurança da população fique ainda pior.
Traduzido e adaptado de Persecution
MST pode invadir as fazendas da Igreja Mundial do Poder de Deus em Mato Grosso
O
apóstolo Valdemiro
Santiago pode ser alvo de uma ação do Movimento dos Trabalhadores
Sem-Terra (MST), segundo fontes extraoficiais do jornal O Documento, de
Cuiabá, Mato Grosso, o alvo para os protestos pode ser a fazenda
comprada pelo líder da Igreja Mundial na cidade de Santo Antônio de
Leverger, que fica a 28 quilômetros da capital.
O MST organiza todos os anos uma manifestação para lembrar o
“Massacre de Carajás”, um conflito entre trabalhadores e a Polícia
Militar que resultou em 19 mortos em 17 de abril de 1996.
Desde então o grupo faz protestos para reivindicar o direito de
terras e as fontes acreditam que o alvo para a manifestação desse ano
seja as fazendas de Valdemiro Santiago que teriam sido compradas com o
dinheiro dos fiéis.
A denúncia feita pelo Domingo Espetacular, da Rede Record, mostrou
duas fazendas que somam 26 hectares de terras e mais centenas de gado de
alta linhagem. Essas fazendas seriam o palco ideal para chamar a
atenção da sociedade para o Abril Vermelho, nome da manifestação anual
que vai acontecer no dia 15 de abril em lugar ainda não revelado.
O jornal O Documento chegou a entrar em contato com um dos
coordenadores do MST, Dogival Francisco, que garantiu que a programação
ainda está sendo finalizada. Ele acredita que invadir a fazenda de
Valdemiro pode ser uma ação que vai ganhar a simpatia da sociedade, mas
que o Poder Judiciário não vai enxergar da mesma maneira.