quarta-feira, 26 de março de 2014

Supremo autoriza Polícia Federal a investigar Marco Feliciano por preconceito religioso


O pastor Marco Feliciano (PSC-SP) está novamente sob a mira do Supremo Tribunal Federal (STF) por suposto crime de preconceito religioso. O ministro Gilmar Mendes autorizou a abertura de inquérito para investigar se o pastor teria ultrapassado o limite da liberdade de expressão ao dizer, durante uma pregação, que profetizava “o sepultamento dos pais de santo” e o “fechamento de terreiros de macumba”.
A investigação será conduzida pela Polícia Federal, que terá até 30 dias para ouvir o depoimento do pastor sobre o caso. “Conforme requerido pelo procurador-geral da República, encaminhem-se os autos à Corregedoria da Polícia Federal para a oitiva do parlamentar no prazo de 30 dias”, determinou Gilmar Mendes.

A polêmica fala atribuída ao pastor Marco Feliciano veio à tona no meio da crise que ele atravessou ao assumir a presidência da Comissão de Direitos Humanos e Minorias (CDHM) da Câmara dos Deputados. Em março de 2013, ativistas gays passaram a divulgar o vídeo, juntamente com outras pregações antigas de Feliciano, acusando-o de preconceito, além de racismo e homofobia.
No Twitter, o pastor se pronunciou a respeito da abertura do inquérito dizendo estar “tranquilo” quanto aos resultados que a ação pode trazer.

“Li agora sobre a decisão do STF em abrir inquérito para apurar uma frase supostamente dita por mim em um vídeo. Recebi o vídeo e o assisti. O vídeo tem mais de 10 anos. O som não está em sincronia com a imagem, e tenho dúvidas sobre o conteúdo das frases”, escreveu o pastor, antes de alegar que o processo contra ele é uma retaliação: “[A causa disso] é meu o projeto de lei que proíbe o uso de animais em sacrifícios religiosos. Já fui ameaçado por seitas de feitiçaria várias vezes. Estou tranquilo. Obrigado a todos”, finalizou.
Assista o vídeo com a fala a partir dos 3 minutos: