A empresa Tepco, responsável pela usina de Fukushima, está planejando despejar toda a água radioativa armazenada em Fukushima dentro do oceano.
Os reguladores nucleares controlados pela indústria estão forçando para despejar a radiação, também.
De acordo relatórios do EneNews:
Juan Carlos Lentijo, chefe da missão da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) de Fukushima Daiichi, 04 de dezembro de 2013: "Descarga controlada é uma prática regular em todas as instalações nucleares do mundo. E o que estamos tentando dizer aqui é considerar esta como uma das opções para contribuir para um bom equilíbrio dos riscos e para estabilizar as instalações a longo prazo."
Shunichi Tanaka, presidente da Nuclear Regulation Authority (Autoridade do Regulamento Nuclear do Japão), em 04 de dezembro de 2013: "Você não pode manter o armazenamento da água para sempre. Nós temos que fazer a escolha analisando todos os riscos envolvidos."
Xinhua, em 04 de dezembro de 2013: "Lentijo disse que a Tepco deve pesar os possíveis efeitos nocivos da descarga de água tóxica contra os riscos totais envolvidos no processo global de trabalhos de desmantelamento." Tanaka destacou o fato de que enquanto a água altamente radioativa poderia ser descontaminada em cerca de sete anos, a quantidade de água contendo trítio continuará subindo, chegando a 700 mil toneladas em dois anos. Especialistas nucleares têm repetidamente salientado que o trítio ainda é um perigoso elemento radioativo significativo quando inalado, ingerido através de alimentos ou água ou absorvido através da pele. Pescadores, indústrias e entidades de pesca na área de Fukushima e mais além ao nordeste do Japão tem coletivamente recusado a ideia de despejar água tóxica para o mar. A Tepco terá responsabilidade para apresentar as avaliações de segurança e impacto ambiental.
NHK, em 04 de dezembro de 2013: o líder da equipe da AIEA, Juan Carlos Lentijo disse que é necessário e indispensável avaliar o impacto da descarga que o trítio possa ter sobre a saúde humana e o meio ambiente e obter a aprovação do governo, bem como o consentimento das pessoas em causa.
Japan Times, em 4 de dezembro de 2013: "É claro é necessária a aceitação do público para esta finalidade", disse Lentijo, acrescentando que o acompanhamento rigoroso do impacto da descarga também seria essencial.
AFP, em 04 de dezembro de 2013: "Pescadores locais, países vizinhos e grupos ambientalistas, todos se opõem à ideia".
No mundo real, não há nenhum nível seguro de radiação.
E há alternativas.
Dr. Arjun Makhijani - um reconhecido especialista em energia nuclear, que tem testemunhado perante o Congresso e atuado como perito em processos da Comissão Reguladora Nuclear, e foi entrevistado por muitas das maiores organizações de notícias - disse à PBS em março:
"Nós na verdade, enviamos uma proposta para o Japão há dois anos, alguns colegas meus e eu, dizendo que eles deveriam instalar um superpetroleiro ou um grande petroleiro no mar e colocar a água dentro dele, enviando-o para outro lugar para que o tratamento da água e o seu manejamento não seja um grande problema constante. Mas os japoneses recusaram."
A Tepco - sem nenhum incentivo financeiro para realmente consertar as coisas - tem sido incrivelmente irresponsável e só tem fingido conter Fukushima.
Infelizmente, o Japão se transformou em amigo íntimo do capitalismo ... e a mesma tirania .
Então, ao invés de fazer algo para conter a radiação, eles vão despejá-lo.
Em uma notícia relacionada, o governo japonês iniciou um programa massivo de queima de resíduos radioativos em todo o Japão ao em vez de encapsulá-los em vidro ou de outro modo que os contenha.
Fontes:
