quarta-feira, 10 de julho de 2013

Mais de 35 mil marcham contra o aborto na Irlanda

aborto
Os manifestantes querem que o governo irlandês revogue o plano para legalizar o aborto para as mulheres em caso de risco de vida da gestante.
A marcha durou cerca de duas horas pela capital até Leinster House, o edifício parlamentar, onde os legisladores são esperados na semana que vem para aprovar a lei.

Os manifestantes querem que a lei de proteção à vida durante a gravidez seja colocado em referendo nacional. “Vamos votar”, gritava a multidão.
O projeto de lei veio depois do caso de uma dentista indiana que morreu durante a gravidez. Segundo o USA Today, os médicos lhe negaram o aborto mesmo depois que seu útero se havia rompido.
A Irlanda proíbe o aborto desde 1986 através de um referendo, alterando a Constituição para declarar que o nascituro tem direito à vida. Entretanto, em 1992, a Suprema Corte decidiu que a Constituição defende o direito de vida da mulher grávida, portanto, legalizando os abortos que salvem a vida da mulher.
O projeto de lei do governo permitiria um aborto para uma mulher suicida se um painel de três doutores unanimante concordassem que as ameaças à mulher são reais.
Os manifestantes alegam que as mulheres iriam conspirar com médicos simpáticos para falsificar ameaças suicidas. Isso iria então permitir maiores acessos ao aborto na Irlanda.
Antes da marcha, o arcebispo Diarmuid Martin conduziu a igreja de Dublin em orações para que a Irlanda mantenha o aborto ilegal.