quinta-feira, 30 de maio de 2013

Dois membros da ADUD são presos em caso do pastor Marcos Pereira

 
marcos pereiraLúcio Oliveira Câmara Filho e Daniel Candeias da Silva são suspeitos de ameaçar testemunhas durante as investigações sobre os supostos estupros que teriam sido cometidos pelo pastor. Ambos negam as acusações.
No caso do pastor, das seis testemunhas iniciais que o acusaram, algumas desmentiram as próprias denúncias. A polícia investiga se há algum tipo de coação que as fizeram mudar os seus testemunhos. Entre as supostas vítimas estava a sua própria esposa, Ana Madureira da Silva. Em vídeo publicado no YouTube, ela, que foi referida nas acusações como ex-esposa, negou ter sido estuprada e que é casada com o pastor há mais de 30 anos.
Uma outra suposta vítima, que se identifica como Elisângela, também gravou um vídeo em que desmente sua própria denúncia. Segundo ela, ela foi coagida por um integrante da AfroReggae, Rogério Menezes, que é também referido como ex-braço direito de Marcos Pereira.
Em um outro vídeo, uma família denuncia ter sido coagida também por Rogério Menezes. O vídeo mostra uma gravação escondida entre Rogério e um membro da ADUD, Márcio Nascimento, que é incentivado a acreditar que sua esposa e filha haviam sido estupradas pelo pastor.
O coordenador da AfroReggae, José Júnior, apontado como o estopim de toda a investigação contra o pastor Marcos Pereira, afirma que Rogério teve sua esposa também estuprada pelo pastor. Segundo ele, a confissão veio do próprio Marcos Pereira a ele.
 
José Júnior e o pastor da ADUD tinham uma boa relação e trabalhavam juntos com o objetivo de retirar os traficantes da vida criminosa e reintegrar detentos a uma vida normal. Entretanto, no ano passado, José Júnior denunciou o pastor de querer matá-lo.
José Júnior disse em uma entrevista recente ao The Christian Post, que a inimizade com Marcos Pereira começou depois que o líder evangélico soube que ele havia oferecido emprego a Rogério na AfroReggae. “Depois disso quando ele soube que dei emprego pro Rogerio, sem eu saber, ele me nomeou seu inimigo.”

José Júnior acredita que é possível que as vítimas tenham mudado seus testemunhos por medo. Segundo ele, existia um mito de que Marcos Pereira era intocável e que jamais seria preso por sua relação com o poder “constituído” e pelo poder “do crime organizado”.
Atualmente o pastor é acusado de dois estupros e foi recentemente indiciado por ameaçar duas testemunhas do processo. Ele se tornou alvo de investigações da Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF) (RJ).