O número de mortes ligadas à nova cepa da gripe aviária subiu para 17 na China, informou nesta quinta-feira (18) a agência de notícias Associated Press. Até agora foram 77 casos confirmados de infecção com o vírus H7N9, de acordo com agências internacionais.
Os cientistas dizem não saber como as pessoas estão sendo infectadas,
já que muitas não tiveram contato com aves e o vírus aparentemente não é
transmitido entre seres humanos, segundo a Associated Press.
"Para mim, a maior questão é o elo entre o vírus nas aves e como ele
está contaminando os humanos. Isto não está claro", afirmou o médico Bai
Chunxue, um dos maiores especialistas em problemas respiratórios de
Xangai. Ele tratou um dos primeiros casos do vírus, segundo as agências.
A porta-voz da Organização Mundial da Saúde (OMS) na China, Helen Yu,
ressaltou que médicos estão visitando laboratórios e áreas afetadas em
Xangai e Pequim para entender melhor o vírus.
Sem contato com aves
Zeng Guang, o pesquisador-chefe encarregado de epidemiologia no Centro de Controle e Prevenção de Doenças da China, disse na quarta-feira (17) que cerca de 40% das vítimas não tinham nenhum histórico claro de exposição a aves, informou o "Beijing News".
Zeng Guang, o pesquisador-chefe encarregado de epidemiologia no Centro de Controle e Prevenção de Doenças da China, disse na quarta-feira (17) que cerca de 40% das vítimas não tinham nenhum histórico claro de exposição a aves, informou o "Beijing News".
"Como essas pessoas são infectadas? É um mistério", disse Zeng, segundo
o jornal. O governo chinês alertou que o número de infecções pode
aumentar.
Uma análise da Reuters feita com base em relatos da mídia estatal
aponta que só em 10 dos 77 casos confirmados até terça (16) de gripe
aviária as vítimas teriam entrado em contato com as aves.
Há 12 dias, especialistas da própria OMS disseram que não havia sinais
de transmissão entre humanos - transmissão esta que potencializaria uma
pandemia.
A OMS disse que nenhuma vacina para o H7N9 está sendo produzida. "Essa
decisão vai depender, por parte da OMS, em considerações sobre saúde
pública", disse. "Temos que ver como o H7N9 se desenvolve antes de
qualquer decisão ser considerada".
Fonte: G1