O pastor e deputado federal Marco Feliciano, do Partido Social Cristão (PSC), foi o escolhido entre outros quatro colegas para presidir a Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados.
“Procuramos o parlamentar que tinha o melhor perfil para esta
função”, disse o líder do PSC André Moura ao anunciar o pastor como o
escolhido.
Após quase três horas de reunião, o líder do PSC na
Câmara André Moura afirmou que a decisão de escolher Feliciano para
presidente da comissão foi um consenso. Segundo ele, alguns outros nomes
foram votados, mas vencidos.
Feliciano, em entrevista coletiva,
citou Martin Luther King, pastor protestante e ativista político
americano. "Disseram ser da Idade da Pedra ou dos tempos de caça às
bruxas a escolha de um pastor para presidir a Comissão de Direitos
Humanos. Lembro que o maior defensor dos direitos humanos de todos os tempos foi um pastor: Martin Kuther King. Não me comparo a ele, mas era também um cristão", afirmou Feliciano.
Feliciano afirmou, em entrevista coletiva, que irá defender o projeto de sua autoria que é contra a união civil entre pessoas do mesmo sexo. "Casamento civil é entre um homem e uma mulher. E ponto final. É o que diz nossa Constituição. Fora disso, nada existe", afirmou.
Feliciano afirmou, em entrevista coletiva, que irá defender o projeto de sua autoria que é contra a união civil entre pessoas do mesmo sexo. "Casamento civil é entre um homem e uma mulher. E ponto final. É o que diz nossa Constituição. Fora disso, nada existe", afirmou.
Sua escolha como presidente da Comissão de Direitos Humanos causou reação de outros parlamentares, como Jean Wyllys
(PSOL-SP). Um dos maiores defensores da causa LGBT no país afirmou que a
presença de Feliciano “descaracteriza a comissão, mata sua essência e
compromete sua história”.
A ex-vice-presidente da comissão Erika
Rokay (PT-DF) também afirmou que Feliciano na presidência fere “os
princípios básicos dos direitos humanos”.
Em entrevista à Folha de São Paulo, o pastor negou ser homofóbico,
mas afirmou ser contra o ato sexual entre pessoas do mesmo sexo. “Me
desculpe se eu agredir os seus ouvidos, mas o reto não foi feito para
ser penetrado. Não sou contra o homossexual, sou contra o ato
homossexual. Todo cristão é contra o ato homossexual”, defendeu-se.
Na
semana passada, quando sua escolha não passava de especulação, Marco
Feliciano ironizou em sua página do Twitter. “Os ativistas gays
desesperados pela possibilidade do meu partido PSC assumir a Comissão de
Direitos Humanos. Acalmem-se. Vai dar tudo certo”, escreveu.
Em ação para impedir a aprovação do pastor evangélico na presidência, uma petição criada pedindo sua destituição imediata que colheu quase 50 mil assinaturas até esta terça-feira.
Em resposta, Feliciano publicou em seu site um abaixo-assinado para apoiar sua escolha como presidente da comissão e colhendo mais que 90 mil assinaturas também até esta terça.
Marco
Feliciano é pastor do Ministério Avivamento e foi eleito pela primeira
vez como deputado federal em 2010 com 210 mil votos.
Fonte: Cristian Post