A posse do deputado e pastor Marco Feliciano ao cargo de presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias
da Câmara dos Deputados tem causado uma série de reações em todo o
país, sobretudo nas redes sociais, onde pessoas comuns e celebridades,
como a Xuxa, têm apresentado sua opinião contrária à nomeação, e organizado atos de repúdio ao pastor.
Através do Facebook, várias manifestações estão sendo organizadas
pelo país, sobretudo por ativistas GLBTT, como forma de exigir que
Feliciano deixe o cargo, a maioria deles marcados para acontecer nesse
sábado (09). Em São Paulo, onde o ato está marcado para acontecer às 14h
na Avenida Paulista, na região central da cidade, mais de 22 mil
pessoas já haviam confirmado presença na página do evento na rede
social, até o fechamento dessa matéria.
Justificando o motivo para as mobilizações contra Feliciano, os
organizadores do ato em São Paulo afirmam que “as declarações racistas e
homofóbicas do citado deputado ferem a ética política necessária à
reputação daquele que coordenaria um órgão zelador dos direitos
humanos”.
Segundo o jornal Folha de S. Paulo, já existem mobilizações de
manifestação em cerca de 10 cidades, tendo atos convocados no Rio, em
Porto Alegre, em Salvador, em Feira de Santana, em Fortaleza, em Juiz de
Fora, em Uberlândia, em Curitiba, em Brasília e até em Buenos Aires, na
Argentina.
Em imagem publicada por mobilizadores da manifestação na cidade de
Natal (RN), o pastor Marco Feliciano é comparado a Adolf Hitler, em uma
montagem na qual aparece com um bigode igual ao do ditador, e com uma
suástica nazista ao fundo.
Além das manifestações marcadas para acontecer no sábado, diversos
ativistas do movimento gay, e também políticos se manifestaram contra o
pastor evangélico, protestaram durante a sessão que confirmou Feliciano
como presidente da comissão. Os deputados Domingos Dutra (PT-MA), Chico
Alencar (PSOL-RJ) e Jean Wyllys (PSOL-RJ) deixaram a sessão antes mesmo
do início da votação, como forma de protesto, e diversos manifestantes
chegaram a se deitar nos corredores da Câmara.
Fonte: Gospel +