Em um comunicado emitido na cidade do Cairo pelo xeque Mohamed Badie,
guia espiritual da Irmandade Muçulmana, a Jihad (guerra santa islâmica)
é a única maneira de libertar Jerusalém do domínio israelense.
“Jerusalém é islâmica e ninguém tem o direito a fazer concessões”, disse
o religioso.
Para ele, a jihad é um dever de todos os muçulmanos e a “libertação
de al-Quds” (nome árabe de Jerusalém) não será conseguida nem com
negociações nem através da ONU. Em maio, o guia da Irmandade, no
passado, apelou para que as forças árabes enfrentassem Israel.
Em uma declaração emitida, para lembrar a “nakba” [catástrofe], termo
usado pelos palestinos e outros árabes para descrever a criação de
Israel em 1948, Badie exigiu que “a comunidade internacional corrija
essa injustiça histórica [o nascimento de Israel]” e afirmou que os
muçulmanos do povo palestino sofriam a pior ocupação conhecida pelo
homem: a ocupação sionista. Ele apelou para que a comunidade
internacional pressionasse o “governo sionista a se retirar da terra da
Palestina”.
Badie também já prometeu que, se a Irmandade Muçulmana chegasse ao
poder no Egito, iria cortar suas relações com Israel. ”Nós certamente
não estamos felizes com o casamento ilegítimo entre o Cairo e Tel Aviv”,
disse ele. “Assim que chegar ao poder, vamos mudar muitas coisas na
política do Egito, começando com as relações do país com Israel, que nos
causaram um grande dano.”
Em 1979, o então presidente do Egito, Anuar al-Sadat, assinou um
acordo de paz com Israel que o atual presidente Morsi prometeu
respeitar. Os oradores dos Akhuan (Irmãos), como são conhecidos no
Egito, consideram que os acordos com o país vizinho devem ser revistos,
pois limitam a soberania do país na Península do Sinai.
Traduzido de Jerusalém Post