
De acordo com a lei paquistanesa, o crime de blasfêmia é punido com a
pena de morte, mas, um comunicado da presidência do Paquistão
argumentando sobre a impossibilidade de Ramsha compreender o conteúdo do
livro, por não saber ler, pode ser uma chance para que a garota escape
da condenação, cuja pena máxima é a execução.
Após a divulgação do caso, aproximadamente 150 pessoas se dirigiram
ao bairro cristão onde a Ramsha mora para protestar, a multidão ameaçou
queimar a menina por causa de seu ato. Assustados, centenas de famílias
cristãs fugiram do local temendo o ataque dos manifestantes. Porém, a
polícia conseguiu deter a ação dos agressores.
Asif Ali Zardari, presidente do Paquistão, solicitou que o Ministério
do Interior investigasse o caso com urgência, ressaltando que as
minorias do país devem ser protegidas “de qualquer uso errôneo da lei da
blasfêmia”. De acordo com informações veiculadas pelo Daily Mail, a
acusação contra a menina Ramsha pode ser retirada tão logo haja apuração
sobre o caso, assim como quando diminuir a cólera da população.
Embora o governo paquistanês esteja dando atenção ao caso, ativistas
de direitos humanos têm denunciado a utilização da lei da blasfêmia como
elemento de intolerância religiosa, quando ela é manipulada pelos
grupos maiores, predominantemente muçulmanos, para perseguir grupos
menores, como os cristãos, que atualmente representam pouco mais de 1%
da população do país.
Redação Gospel+