Após uma semana da confirmação do vazamento de água radioativa em um
dos tanques de armazenamento da usina de Fukushima, a operadora Tokyo
Electric Power (Tepco) anunciou nesta terça-feira (27) uma série de
medidas emergenciais para evitar novos vazamentos.
Entre as medidas adotadas pela Tepco estão a criação de uma delegação
especial de trabalhadores para vigiar as unidades de armazenamento, a
instalação de indicadores para calibrar o nível de água acumulada e a
realização de controles adicionais das válvulas de drenagem.
'Após levar em consideração a opinião de grupos de analistas e realizar
reuniões em nível nacional, seguimos nos esforçando para resolver este
problema, considerado como a maior prioridade em nível de gestão',
detalhou a operadora em comunicado.
À margem do vazamento registrado nos porões da usina, há menos de uma
semana, a Tepco revelou um vazamento de aproximadamente 300 toneladas de
água radioativa de um de seus contêineres, enquanto altos índices de
radiação foram encontrados na parte inferior de outros dois.
A nova delegação de trabalhadores da Tepco será formada por cerca de
100 operários, liderados pelo presidente da elétrica, Naomi Hirose, e
coordenados a partir da fábrica pelo vice-presidente, Zengo Aizawa.
Aproximadamente 50 trabalhadores do contingente reforçarão a equipe de
trabalhadores de maneira imediata e, com isso, se responsabilizarão pela
análise dos tanques e por inspecionar e reportar possíveis danos nestas
unidades.
Estes operários contarão com um aparelho para medir a radiação e
termógrafos capazes de identificar o nível de água dentro dos tanques, o
que permitirá individualizar os vazamentos com uma simples inspeção
visual.
Concretamente, essa analise deverá ser feita em 350 tanques do mesmo
modelo que, até o momento, conta somente com três exemplares com
defeitos.
Até o momento, a Tepco não se pronunciou sobre as causas dos
vazamentos, enquanto as inspeções em todos estes modelos de tanques
continuam sendo realizadas, já que os mesmos foram construídos de forma
apressada no início da crise nuclear em março de 2011.