Um grave acidente ocorreu na noite de ontem (12) envolvendo um
ônibus fretado que levava 42 pessoas da igreja Assembleia de Deus em
Sobradinho, no Distrito Federal. O grupo se dirigia para a inauguração de um
templo da igreja na cidade de Setubinha, cerca de 500 km de Belo Horizonte.
O motorista perdeu o
controle do veículo em uma curva da rodovia BR-259, de São José do Goiabal,
vizinha de Governador Valadares, e a 184 km da capital mineira.
Segundo o Corpo de
Bombeiros, dez pessoas morreram imediatamente (8 homens e duas mulheres) e mais
10 estariam feridas. Porém, o pastor Samuel da Silva que organizou a viagem dá
uma versão diferente. Mais de 25 fieis se feriram. Cinco delas ainda estão hospitalizadas
em Governador Valadares; duas em estado grave. O pastor não estava no ônibus
acidentado, pois viajou antes para preparar a cerimônia de inauguração.
“Setubinha é muito
pobre, construímos um pequeno templo lá e organizamos uma caravana. Estávamos
levando até um palhaço para alegrar as crianças”, lamenta Soares. Os bagageiros
do ônibus também estavam repletos de roupas e alimentos que seriam entregues às
famílias da nova igreja.
Pedro Rocha, motorista
auxiliar, explica que o ônibus não estava em alta velocidade e nem foi falha
humana. Mas segundo o pedreiro Udson Moreira Carvalho, que estava dentro do
ônibus, foi detectado um defeito no sistema de freio. “O problema tinha sido
resolvido durante a viagem. A intenção era fazer uma parada em Governador
Valadares para todo mundo descansar. Porém, antes de chegar ouvi barulhos,
avisei ao motorista, mas não deu tempo de fazer nada e parece que o ônibus
perdeu o freio”, conta.
Abimael Costa , um doa
líderes da igreja, explica que os corpos dos mortos já foram liberados pelo IML
e serão transportados para Sobradinho, onde ocorrerá um velório coletivo no
ginásio da cidade, que fica perto de Brasília. “O traslado dos corpos está
sendo organizado e custeado pela igreja. A empresa de ônibus está enviando
transporte para trazer os feridos que receberam alta hospitalar. Alguns dos que
permanecem no hospital não poderão voltar agora, pois sofreram fraturas ou
precisam passar por cirurgias”, esclareceu.