Os parlamentares que estavam presentes na reunião contaram que
Feliciano foi questionado trocar a CDHM pela presidência de outra
Comissão. Feliciano então tentou negociar a sua saída desde que
deputados João Paulo Cunha (PT-SP) e José Genoino (PT-SP), que foram
condenados pelo Supremo Tribunal Federal no julgamento do mensalão,
saíssem também da CCJ (Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania).
Em
entrevista para jornalista em um evento da Assembleia de Deus, em
Brasília, o deputado Feliciano não garantiu que fez essa proposta de
troca. "Tem certeza que eu falei isso? Isso está gravado?", disse
Feliciano.
O deputado Feliciano pediu novamente a chance aos
parlamentares de mostrar o seu trabalho. “Vou ficar, pois fui eleito
democraticamente. Me dêem uma chance de poder trabalhar e mostrar o meu
trabalho", afirmou Feliciano.
O deputado, que ocupa o cargo de
presidente da CDHM há um mês, em meio a protestos e manifestações,
contou que perdeu peso desde que assumiu a comissão e está tentando
viver. "Estou com seis quilos a menos. Estou tentando viver e cada dia é
um dia. Só peço uma chance para poder trabalhar", disse.
O líder
do PT na Câmara, José Guimarães (CE), se pronunciou por meio de nota na
qual diz que lamenta e que não vai responder ao deputado Feliciano sobre
a proposta de trocar sua renúncia pela saída da CCJ de José Genoino,
que é seu irmão, e de João Paulo Cunha, da CCJ.
"Tentei hoje, mais uma vez, na reunião com os líderes de partido
convencer Feliciano a renunciar à presidência da CDHM em razão de suas
posições incompatíveis com a rica história de 18 anos do colegiado.
Infelizmente, as gestões não surtiram efeito. Quanto às declarações do
presidente da CDHM a respeito de parlamentares petistas, lamento, e
informo que não responderei a provocações", resumiu o líder do PT.
O
ex-presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), se
manifestou no final da tarde desta terça-feira sobre o pedido dos
parlamentares para que Feliciano renuncie. "Fizemos um para que o pastor
Feliciano renunciasse à presidência da
CDHM. Ele não pode exercer o cargo que tem como dever inerente em
proteger e, fora daqui, ter uma posição diferenciada que entra em
conflito com as minorias que ele tem obrigação de comandar", afirmou
Alves.
Segundo Henrique, ficou acertado entre os líderes de
partido e o deputado Feliciano, que fora do congresso nacional,
Feliciano deva evitar falar temas que entram em conflito com as questões
que deva defender ocupando o cargo de presidente da CDHM.