Após afirmar reiteradas vezes que não renunciará ao cargo de
presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias (CDHM), o pastor e
deputado federal Marco Feliciano volta a ser alvo de especulações no
noticiário político de Brasília.
O jornalista João Bosco Rabello escreveu em sua coluna no site do jornal O Estado de S. Paulo que a renúncia deverá ocorrer entre hoje, 25/03 e amanhã.
Segundo Rabello, o principal argumento para convencer Feliciano a
renunciar seria pessoal: “Ajuda o processo de convencimento político
exercido junto ao pastor, a favor de sua renúncia, a exposição de sua
família e da igreja. Se outras movimentações de bastidores não alterarem
as bases do acordo, o PSC mantém o cargo”.
Com a manutenção do PSC à frente do cargo, a comissão seria presidida
pela deputada Antônia Luciléia Cruz Ramos Câmara (foto), que é
conhecida como Antônia Lúcia (AC).
Ela é esposa de Silas Câmara (PSC-AM), também deputado federal e
irmão do pastor assembleiano Samuel Câmara, e já enfrentou acusações de
compra de votos, fraude processual, formação de quadrilha, peculato e
falso testemunho, e chegou a ser alvo de um pedido de prisão preventiva
em 2010, de acordo com informações da revista Época, Wikipedia e de um
protesto que circula no Facebook.
A rede social hospeda uma manifestação contra a parlamentar, e
critica a eventual efetivação de Antônia Lúcia Câmara no cargo máximo da
CDHM, listando as polêmicas em que está envolvida.
Mais críticas a Feliciano
Líderes de partidos com base cristã se manifestaram criticando a
postura de Marco Feliciano, dizendo que o pastor é preconceituoso e
quebrou a Constituição: “Nós não somos preconceituosos e não aceitamos
esse tipo de atitude. Estamos aqui para cumprir a Constituição e
respeitá-la. Se Feliciano desrespeitou as premissas da constituição, ele
não corresponde ao que esperamos de um homem público”, declarou Rubens
Pavão, vice-presidente do PSDC, em entrevista ao portal IG.
Daniel Tourinho, presidente e fundador do Partido Trabalhista Cristão
(PTC), também adere à tese de que o pastor Marco Feliciano seria
preconceituoso: “Ele tem um ponto de vista irreversível, firme e
preconceituoso, o que não condiz com um parlamentar”, avalia.
Fonte: Gospel+