Antes mesmo da escolha do presidente da CDHM, que está marcada para a
próxima terça-feira, dia 5, uma petição para a destituição do pastor
foi criada. A petição conta com pouco mais de 42 mil assinaturas. Em
contrapartida, o abaixo assinado para apoiá-lo como o futuro presidente
da comissão, criado posteriormente, conta com mais de 53 mil
assinaturas.
A Associação Brasileira de Lésbicas, Gays,
Bissexuais, Travestis e Transexuais (ABGLT) publicou nota de protesto
contra a indicação do pastor sob a alegação de que os comentários
públicos tecidos pelo pastor vão contra os objetivos da Comissão de Direitos Humanos.
“Em
mais de uma ocasião, [o deputado] teceu comentários depreciativos à
população de lésbicas, gays bissexuais, travestis e transexuais,
mostrando-se totalmente refratário ao reconhecimento dos direitos destas
pessoas”, afirma a nota.
Ainda segundo a nota, a escolha de Feliciano como presidente da CDHM seria um retrocesso para os direitos dos homossexuais.
Em
sua defesa, Marco Feliciano afirmou ao site IG que “não tem nada contra
a comunidade LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e
Transgêneros), sou contra seus ativistas”. “Como eu, como pastor, posso
ser racista? Até em Angola tenho admiradores. Não tenho ódio contra
gays. Sou um defensor da família, mas o que é feito entre quatro paredes
é opção de cada um”, continuou.
Segundo ele, a movimentação em torno da petição contra a possível presidência é obra de ativistas gays, como o deputado Jean Wyllys
(PSOL-SP). Wyllys é assumidamente homossexual e afirmou em sua página
do Facebook que “o fato de Marco Feliciano estar na presidência da CDHM
descaracteriza a comissão, mata sua essência e compromete sua história”.
O
pastor afirmou ao site que não tinha vontade de assumir a presidência
da comissão, mas que, diante de tantos ataques, ficou curioso. “O que
tem lá de tão importante ou o que estão escondendo? A ponto de um pastor
não ter direito de assumir esse cargo?” questionou.
“Se eu for
presidente da comissão, vamos colocar em discussão até união estável
entre casais do mesmo sexo”, prometeu o pastor. Ele, no entanto, já
afirmou em publicações no Twitter que relações homossexuais levam “ao
ódio, ao crime e à rejeição”.
Diante da polêmica, o Partido Social
Cristão (PSC), cogita a indicação de outro nome para a presidência da
CDHM, mas evita citar nomes para aumentar especulações.
Fonte: Cristian Post