O deputado Marco Feliciano (PSC-SP), escohido nesta quinta-feira (7) para presidir a Comissão de Direitos Humanos (CDH) da Câmara, reafirmou, após ter sido eleito, que é contra o casamento entre homossexuais, a adoção de crianças por casais do mesmo sexo e o aborto.
A eleição do parlamentar ocorreu em sessão fechada, com protesto de manifestantes durante e depois da reunião.
“A minha posição é a de sempre: casamento é entre homem e mulher. Essa é
uma posição minha. Todavia, o que nós estamos lutando aqui não são
proposições religiosas, são proposições da Constituição", afirmou.
Ele argumenta com base no artigo 226 da Constituição, que diz o
seguinte no parágrafo 3º: "Para efeito da proteção do Estado, é
reconhecida a união estável entre o homem e a mulher como entidade
familiar, devendo a lei facilitar sua conversão em casamento".
Apesar de contrário à aprovação dessas mudanças, o deputado disse estar
aberto à discussão dos temas na CDH. “Tudo isso é feito numa discussão
muito democrática entre os parlamentares. Esse assunto precisa ser
pautado e se alguém apresentar o projeto aqui nós vamos discursar”,
declarou.
Pastor da igreja Assembleia de Deus, o deputado causou polêmica em
2011, quando fez declarações em sua conta no microblog Twitter sobre
africanos e homossexuais. "Sobre o continente africano repousa a
maldição do paganismo, ocultismo, misérias, doenças oriundas de lá:
ebola, Aids, fome... Etc", escreveu o deputado na ocasião.
Durante a posse para o cargo de presidente, Feliciano se defendeu das
acusações contra ele por causa das publicações. “Julgar uma pessoa de 40
anos por 140 caracteres citados numa rede social, sem contexto, isso é
uma violação dos direitos humanos. Tachar e rotular é pior ainda”,
disse.
Fonte: G1