O cardeal Odilo Pedro Scehrer está
entre os cinco candidatos apontados como prováveis sucessores, que
incluem também o cardeal Angelo Scola, arcebispo de Milão; Marc Oullet,
do Canadá, Luis Antonio Tagle, cardeal de Manila, na Ásia e Peter
Turkson, de Gana, na África.
Entretanto, outro brasileiro João
Braz de Aviz é visto também como um forte candidato, apontou a Reuters. O
apologista cristão brasileiro Johnny Bernardo do Instituto de Pesquisas
Religiosas do Brasil (INPR) também aponta para dom João Braz como um
dos mais cotados a assumir o cargo.
Ao todo cinco brasileiros
estão na lista dos candidatos ao papado. São eles, dom Raymundo
Damasceno, atual arcebispo de Aparecida e Presidente da Conferência
Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), dom Cláudio Hummes, de 78 anos,
arcebispo emérito de São Paulo, Odilo Scherer, de 63 anos, atual cardeal
arcebispo de São Paulo, dom João Braz de Aviz, de 66 anos, que mora em
Roma e é prefeito das congregações dos religiosos em Roma, e dom Geraldo
Majella Agnelo, de 79 anos, atual arcebispo emérito de Salvador (BA).
Apesar
de haver uma maioria de europeus como candidatos, muitos especialistas
apostam que um candidato da América Latina ou da África podem preencher a
vaga.
Entre as características apontadas para o Brasil estar no
alvo das especulações, está a grande população católica de 133 milhões
no país, segundo o Pew Forum on Religion & Public Life e a sua forte
tradição católica.
Johnny Bernardo aponta também para o crescimento evangélico no Brasil
como influência na decisão da escolha do novo papa. Segundo ele, o tema
foi base de especulações jornalísticas em 2005, quando houve a eleição
de Joseph Ratzinger, o que motivou a indicação de dom Cláudio Hummes ao
cargo de prefeito da Congregação para o Clero.
Ele cita também
para a entrada do arcebispo do Rio, dom Orani Tempesta na lista dos
cardeais com direito a voto. Segundo ele, isso eleverá o número de
cardeais brasileiros com direito a voto para seis, ultrapassando a
Índia, com cinco cardeais, e se igualando a Espanha e a Alemanha, de
onde veio o atual papa Bento XVI.
O
apologista relembra que o papado de Bento XVI deu sequência ao diálogo
ecumênico e a ruptura na hegemonia italiana e as mudanças advindas do
Vaticano II abriram espaço para novas perspectivas com relação à
sucessão papal.
“Por outro lado, o conservadorismo –
característica comum dos antecessores de Bento XVI – é um aspecto que
deve ser mantido no próximo Conclave, apesar de pressões internas e
externas por abertura litúrgica e doutrinária.”
Fonte: Cristian Post