As Brigadas Ezzedine al-Qassam, o braço armado do Hamas na região da
Faixa de Gaza, assumiram a responsabilidade pelo foguete M75 que caiu em
Jerusalém ontem. Trata-se do primeiro ataque contra a cidade eterna
desde a década de 1970.
A sirene de alerta soou no início da tarde na cidade, assustando os
moradores. Ninguém ficou ferido. Horas antes, outro foguete caiu perto
de Tel Aviv, gerando pânico na praia perto da costa. Caiu perto da
embaixada dos Estados Unidos, gerando um clima de crise internacional.
“A Força Aérea realizou a maioria das missões e nós registramos
sucessos significativos. O exército está pronto para expandir sua
operação”, explicou Moshé Yaalon, ministro de Assuntos Estratégicos.
Benjamin Netanyahu, primeiro-ministro israelense, que está em campanha
eleitoral, declarou que tomará “todas as ações necessárias”. Foram
convocados 75 mil reservistas para ficarem em estado de alerta,
significando que o país está se preparando para uma guerra iminente.
Esse é o maior número de convocações extraordinárias no país em
décadas. Para termos de comparação último conflito sério com o
Hezbollah, em 2006 e à ofensiva Chumbo Fundido em Gaza, 2008, não
chegaram a 40 mil. O canal 10 da TV
israelense informa que até agora foram mobilizados cerca de 20 mil. Uma
soldado entrevistado pela agencia EFE disse que “bases inteiras ficaram
vazias” após o deslocamento de forças militares para a fronteira.
Curiosamente, a guerra já foi declarada nas redes sociais. O perfil oficial do Hamas no Twitter
foi usado para fazer ameaças e postar mensagens e fotos dos recentes
ataques israelenses. Por seu lado, o exército israelita usou suas
diversas contas no Facebook
e no Twitter, para revidar e fazer pedidos de retuites de textos
antipalestinos. Dos dois lados a palavra guerra foi usada
exaustivamente.
No mundo real, nos últimos dias, cerca de 280 foguetes foram
disparados contra Israel pelos palestinos da Faixa de Gaza. Destas, 130
fora interceptados pelo sistema antimísseis do exército israelense.
Mesmo assim, três pessoas morreram e várias ficaram feridas.
Jornalistas das agências de notícias relatam que tropas foram
transportadas em carros blindados na fronteira entre Israel e a Faixa de
Gaza. Tanques já estão no local há mais de 48 horas.
Vários países, incluindo Estados Unidos e Alemanha, pediram que o Egito, que estaria fornecendo armamentos ao Hamas em Gaza, para acalmar a situação.
Vários países, incluindo Estados Unidos e Alemanha, pediram que o Egito, que estaria fornecendo armamentos ao Hamas em Gaza, para acalmar a situação.
Por outro lado, manifestações em apoio ao Hamas foram presenciadas
na Cisjordânia, no Irã, no Egito e em campos de refugiados palestinos
no Líbano. O movimento xiita Hezbollah comemorou os ataques, comemorando
um “avanço significativo”.
O presidente palestino, Mahmud Abbas, ressaltou que a ofensiva a
Israel é uma resposta a operação chamada “Pilar da Defesa”, que resultou
no assassinato do chefe militar do Hamas, Ahmed Al-Jaabari. Ao todo,
23 palestinos foram assassinados nos últimos três dias e 235 ficaram
feridos após cerca de 500 ataques aéreos israelenses.
O conflito se acirrou no memento em que a Palestina procura o
reconhecimento de um Estado independente pela ONU, que deve ser votada
na Assembleia Geral dia 29 de novembro. Jerusalém é um dos principais
pontos da negociação de paz. Pois, enquanto Israel declara Jerusalém
como cidade “unificada e indivisível”, os palestinos desejam que a
porção oriental da cidade seja a capital de seu futuro Estado. As informações são do portal G1.