domingo, 25 de novembro de 2012

Israel limita acesso de palestinos à Esplanada das Mesquitas


O acesso de palestinos à Esplanada das Mesquitas, em Jerusalém Oriental, foi limitado nesta sexta-feira (23) por razões de segurança, informou a polícia israelense.
“Apenas homens maiores de 40 anos e com documento de identidade emitido pelas autoridades israelenses poderão ir à Esplanada das Mesquitas, cujo acesso permanecerá liberado para as mulheres”, disse mais cedo o porta-voz da polícia Luba Samri.
“Importantes forças da polícia e da guarda de fronteira serão enviadas a zonas sensíveis da Cidade Velha de Jerusalém”.
A medida foi decidida após o anúncio do Exército hebreu de deter 55 ativistas palestinos na Cisjordânia por “atividades terroristas”, depois da entrada em vigor, na quarta-feira (21), do cessar-fogo entre Israel e o Hamas na Faixa de Gaza.
A Esplanada das Mesquitas, onde estão a Cúpula da Rocha e a mesquita Al Aqsa, é o terceiro local mais sagrado do Islã e está em Jerusalém Oriental, conquistada e anexada por Israel em 1967, em uma decisão não reconhecida pela comunidade internacional.
Israel considera o conjunto de Jerusalém como sua “capital eterna e indivisível”, enquanto os palestinos querem estabelecer na parte oriental a capital do Estado ao qual aspiram.

 Trégua
O primeiro-ministro do Hamas na Faixa de Gaza, Ismail Haniyeh, pediu nesta quinta-feira (22) às diferentes facções palestinas que respeitem a trégua estabelecida na véspera com Israel.
“Saúdo as facções da resistência que têm respeitado o acordo desde que entrou em vigor e peço a cada uma que a respeitem e atuem em consequência”, disse Haniyeh em um discurso na Cidade de Gaza.
O território palestino tentava voltar à sua rotina nesta quinta, depois que o cessar-fogo interrompeu oito dias de bombardeios israelenses. Habitantes do território palestino, que na véspera comemoraram a trégua, saíam às ruas, e o comércio da capital funcionava normalmente.
Mas efetivos da polícia do Hamas e homens armados de outras forças de segurança continuavam nas ruas, ao mesmo tempo que autoridades israelenses alertavam que, se necessário, as operações militares podem ser retomadas.
Israel começou nesta quinta a retirar suas forças militares que se preparavam para invadir a Faixa de Gaza. Tanques empoeirados e escavadeiras blindadas foram içados para veículos de transporte e assim deixaram os bosques de eucaliptos desordenados, onde já haviam acampado antes de invadirem Gaza em 2009.
Israel diz que os militantes dispararam 1.500 foguetes, dos quais dois causaram vítimas fatais. Alguns desses projéteis são caseiros, outros são contrabandeados do Irã. Mas 84 por cento dos foguetes disparados de Gaza foram abatidos em pleno voo pelo novo sistema israelense de defesa antiaérea, chamado Cúpula de Ferro.