Embora os cientistas refutem a probabilidade do dia do juízo final
profetizado pelos maias se concretizar este ano, as teorias
apocalípticas continuam rendendo, especialmente para os descendentes dos
maias. Eles têm aproveitado a oportunidade para lucrar com a
interpretação de especialistas sobre o seu calendário.
Como resultado, alguns dos sítios arqueológicos mais representativos
do Antigo Império Maia, cidades como Palenque, Comalcalco, Chichen Itza,
Uxmal e Coba (no México) Xunantunich (Belize), Joya de Ceren (El
Salvador), Tikal (Guatemala) e Copán (Honduras) – estão se preparando
para um aumento de quase 10% no número de turistas visitando estes
lugares até o final do ano.
Embora a maioria dos moradores interprete que isso seja apenas um
“baktun” (fim de ciclo), cada país criou suas próprias atividades para
atrair mais gente. Entre elas há, por exemplo, competições de surfe
noturno perto das quatro pirâmides de El Salvador, que remetem aos
quatro elementos da natureza: água, terra, fogo e ar.
Mais de 150 centros maias antes desconhecidos nos cinco países se
tornaram mais populares do que nunca. Isso resulta em um aumento de
renda significativa para essas cidades, à medida que o dia 21 de
dezembro se aproxima.
Com investimento de US$ 49 milhões, o México anunciou que espera
receber 52 milhões de turistas nacionais e estrangeiros e arrecadar
cerca de US$ 14 bilhões. Seu programa oficial, chamado de “Mundo Maia”
inclui uma série de eventos gastronômicos, arqueológicos e astronômicos.
Segundo os historiadores maias, este período que em breve se encerra,
começou no dia 11 de agosto de 3114 antes de Cristo. A partir do dia 22
de dezembro, terá início um novo ciclo de 144 mil dias, semelhante ao
que termina.
Aparentemente, muitas pessoas demonstram interesse em verificar
pessoalmente como será o “apocalipse maia”. As festividades simbólicas
começam na primeira semana de dezembro em outros centros como a cidade
de Tulum, Chichen Itza e Puerto del Carmen, que já recebem muitos
visitantes ao longo do ano.
Por outro lado, os povos indígenas do sudeste do México temem que
esse “turismo apocalíptico” afete e contamine seus locais sagrados.
Organizações indígenas denunciaram sua exclusão do projeto do pacote
promocional “Mundo Maia”, lançado pelo governo mexicano para atrair
visitantes às zonas indígenas onde se localizam dezenas de antigas
cidades.
Traduzido de Acontecer Cristiano