As Forças Armadas de Israel afirmam que frustraram uma tentativa de
invasão terrorista na região de Gaza, fronteira com o Egito. Na noite
deste domingo (6) um grupo de terroristas armados chegaram até a região
de Kerem Shalom, onde a Força Aérea israelense abateu em um veículo
matando todos os seus ocupantes.
Os relatórios iniciais dão conta que um grupo extremista islâmico
atacou dois postos do Exército na parte egípcia de Rafiah, com foguetes
antitanques, matando 15 oficiais e soldados egípcios. A rede Al
Jazeera afirmou que o número de mortos chega a 20 .
O jornal Al Youm al Saba ‘ registrou que os terroristas pertencem a
um grupo Salafista chamado Al Takfir wal Hijra . Uma facção militante
radical deste grupo, a Magles Shoura al-Mujahddin, se opõe ao controle
que o Hamas (consioderado moderado pelos salafistas) exerce na
região.Seu objetivo era usar um veículo militar egípcio blindado para
atravessar a fronteira e cometerem um ataque no território de Israel.
Neste momento, patrulhas vasculham a área procurando por bombas e
pedem que os moradores da região fiquem em casa. Do lado egípcio, as
autoridades dizem que seu exército está vasculhando a área com a
cooperação de beduínos.
Além desse ataque e tentativa de infiltração, dezenas de foguetes e
morteiros foram disparados contra o sul de Israel perto de Sderot, em um
bombardeio intenso. Não há relatos de vítimas fatais em
Israel. Acredita-se que os foguetes podem ter sido programados para
serem uma distração, para confundir a patrulha da fronteira com Israel.
De acordo com agencias de noticias, 11 dos 20 oficiais e soldados
egípcios que morreram no ataque foram mortos quando um carro-bomba
explodiu dentro de um posto militar egípcia. Segundo a porta-voz do
Exército israelense, Avital Leibowitz, dois automóveis foram roubados do
Exército egípcio e um foi usado como carro-bomba.
O exército israelense divulgou que uma das vítimas que estavam no
carro era Ahmed Said Ismail, responsável por um ataque em 18 de junho na
fronteira entre Israel e Egito, que matou um cidadão israelense. Entre
os terroristas mortos havia egípcios e sauditas, mas nem todos os nomes
foram divulgados.
Desde que o ex-presidente egípcio Hosni Mubarak, aliado dos Estados
Unidos, foi deposto ano passado, a insegurança tomou conta da faixa de
Gaza. Esses novos incidentes armados coincidem com um novo ciclo de
ataques mútuos entre milicianos palestinos e o Exército israelense na
região da Faixa de Gaza. Há um temor que o Egito hoje dominado pela
Irmandade Muçulmana possa se aliar ao Irã em um ataque conjunto contra
Israel ainda este ano.