Durante o seu 41º Conselho Geral, realizado em meados de agosto, em
Ottawa, um dos assuntos discutidos para melhorar a igreja foi bastante
polêmico. Poucos dias atrás, no final do Congresso, ficou decidido que a
Igreja se empenhará em mostrar que espalhar fofocas é algo contrário
aos ensinamentos cristãos.
O assunto foi debatido e aprovado pelos 350 delegados e 200
observadores, além de convidados, representando suas diferentes
congregações espalhadas pelo país. O objetivo é defender que os cristãos
devem promover apenas o amor, a verdade e a honestidade.
Com isso, os outros assuntos em debate, como pobreza infantil, as
mudanças climáticas no mudo, a falta de moradia e disparidade econômica
no Canadá, além das dificuldades de igrejas rurais, acabaram ficando em
segundo plano.
Os problemas causados pela fofoca podem ser vistos na Igreja e também
no âmbito social. Para a Igreja Unida do Canadá, essa prática pode ser
comparada com o vício do jogo e “outros males da sociedade”.
“A fofoca pode levar as pessoas a perderem os seus empregos e
reputação”, foi o ponto de partida para a discussão do tema. Além disso,
a fofoca pode: “destruir amizades e dividir famílias, e pode ser usado
como uma arma contra um adversário malicioso”, e com isso “pode fazer
com que as pessoas deixem de ir à igreja”.
O porta-voz da Igreja Unida, o Rev. Bruce Gregersen, disse que
espalhar fofocas é contrário aos ensinamentos e que facilmente podem se
tornar “perjúrio” ou “falso testemunho”, contrariando um dos mandamentos
básicos da cultura judaico-cristã. Gregersen reconhece que “é difícil
saber o que uma congregação pode fazer sobre essa questão”.
Porém, lembra que “Um número crescente de pessoas busca a
espiritualidade, eles acreditam em Deus e na oração, mas cada vez menos
pessoas acreditam na necessidade de estar mostrando sua fé em uma
instituição religiosa ou igreja”. Um dos motivos para essa decepção com
as igrejas formais é justamente a fofoca que ouvem.
Traduzido e adaptado de Protestante Digital