
Em seu discurso o pontífice citou os versículos de Marcos 6:2 a 5
falando sobre a rejeição do povo de Nazaré contra Jesus, pois aquelas
pessoas sabiam que ele era o filho do carpinteiro.
“Nenhum profeta é bem aceito em sua casa e pelo povo que o conhece!
Isto é compreensível porque a familiaridade no plano humano dificulta o
‘ir além’ e abrir-se à dimensão divina”, disse o papa.
Continuando seu sermão, Bento XVI disse que Jesus sabia que não seria
bem aceito, mas que mesmo assim ficou surpreso com a frieza com que foi
recebido. “Como é possível que não reconheçam a luz da Verdade? Por que
não se abrem à bondade de Deus, que quis compartilhar nossa
humanidade?”, questionou.
Diante dessas palavras a autoridade máxima do Vaticano refletiu que
os sinais que Cristo realizou na Terra não demonstravam poder, mas o
amor de Deus para com os homens, pois Jesus é “o maior milagre do
universo”, sendo também um grande sinal divino.
“E enquanto nós buscamos sempre outros sinais, outros prodígios, não
percebemos que o verdadeiro Sinal é Ele, Deus feito carne, é ele o maior
milagre do universo: todo o amor de Deus encerrado em um coração
humano, em um rosto humano”, disse ele.