No
último sábado a cidade de Belo Horizonte foi palco do UFC 147. Na
capital mineira a competição de MMA, considerado por muitos como um
esporte violento, foi marcada por protestos de evangélicos e
demonstração de fé dos atletas.
Apesar da discussão sobre a violência levantada pelos evangélicos,
segundo o GPrime, muitos atletas manifestaram sua fé durante o evento
esportivo. Wanderlei Silva que perdeu a luta para o americano Rich
Franklin, se ajoelhou e orou antes de subiu ao octógono.
Evangélico, o lutador Rodrigo Damm também fez sua demonstração de fé
no evento, Damm usou a música “Nuvem de Glória” de Fernanda Brum como
fundo musical para subir ao octógono, para a luta na qual derrotou
Anistávio Gasparzinho. Ao final da luta o pugilista, que tem a palavra
“missão” tatuada no peito, fez ainda uma oração de agradecimento:
“Obrigado Senhor, obrigado Deus, meu nome é missão”.
A tatuagem do lutador é uma referência à igreja capixaba Missão Praia da Costa, da qual ele faz parte.
De acordo com o Terra, Silva criticou a postura dos evangélicos em
relação ao evento e destacou a importância de se protestar sobre
assuntos mais relevantes. “Tem que fazer protesto contra crack, não
contra esporte. Não tem que fazer protesto nenhum contra o MMA. Nós
vivemos disso, representamos uma massa e temos muitos fãs e admiradores.
O esporte é a salvação”, afirmou o lutador, que ressaltou ainda o
crescimento do esporte no Brasil e destacou o lado humano a luta: “o MMA
está crescendo muito no Brasil. Aqui o pessoal sempre gostou de luta,
mas não tinha muito acesso. A gente mostrou que por trás do lutador tem
um pai, um filho. São pessoas que correm atrás do sonho como todo
brasileiro”.
O diretor de Desenvolvimento Internacional do UFC, Marshall Zelaznik,
afirmou que essa não foi a primeira vez que enfrentam problemas com
grupos religiosos por causa do esporte. “Já tivemos que enfrentar
protestos. O Wanderlei estava lá na Alemanha. São coisas para quais nós
estamos preparados. Não temos que discutir com ninguém e não teremos
problemas no Brasil, um país que tem tradição no MMA”, afirmou,
lembrando o primeiro UFC na Alemanha quando, revoltados com a chegada do
evento no país, religiosos alemães protestaram contra a violência do
MMA.
“Sempre vai ter esses protestos. Mas agora é nossa onda”, destacou o
lutador Maurício Shogun. Ele ainda comparou o MMA ao futebol e ao
hóquei, e afirmou que se trata apenas de mais um esporte de contato.
Fonte: Gospel+