Nassir Abdulaziz Al-Nasser, presidente
da Assembleia Geral das Nações Unidas, destacou recentemente o potencial “de
todas as religiões do mundo” para promoverem a paz e a estabilidade no mundo.
“Reconhecemos e celebramos os valores que são partilhados pelas tradições
religiosas”, disse. Ele afirmou também que as religiões têm princípios comuns
que podem ser usados para trazer unidade e harmonia entre as pessoas.
Seu discurso foi por ocasião da Semana
Mundial da Harmonia Interreligiosa, realizada em Nova York, e reuniu
representantes de diferentes credos religiosos.
Para Al-Nasser, as religiões e as
Nações Unidas têm muito em comum: “Essas semelhanças incluem o respeito pelos
direitos humanos – confrme está na Declaração Universal dos Direitos Humanos –
a afirmação do valor igual de todos os seres humanos e a importância da
compaixão e serviço ao próximo e as aspirações universais pela paz”.
Os estados-membros da ONU decidiram num
assembleia em 2010 realizar o evento anualmente. O presidente da Assembleia
Geral detacou que a ONU foi estabelecida para “permitir a procura de valores
universais como a paz, liberdade, direitos humanos, dignidade e uma unicidade
da humanidade, que também são adotados por muitas religiões no mundo”.
A
Vice-Secretária-Geral Asha-Rose Migiro destacou que,
embora a fé seja ”a ligação que muitas vezes une as comunidades
e as culturas ao redor do mundo”, muitas vezes foi usada
como uma desculpa para “enfatizar as
diferenças e aprofundar as divisões”.
“Só ao encontrarmos uma causa
comum, no respeito mútuo de valores espirituais e morais é
que podemos esperar que haja verdadeira harmonia entre as
nações e os povos”, disse ela.
Migiro enfatizou: “O evento de
hoje é uma prova dos benefícios que podem derivar de
caminharmos juntos e aprendermos uns com os outros”.
Ela pediu ainda que as comunidades
religiosas se posicionem contra o extremismo e a intolerância, permanecendo
firmes na luta pela justiça social, dignidade e compreensão
mútua.
Foi anunciado ainda que em 22 de
março haverá um dia temático na Assembleia, visando “promover
a compreensão intercultural para a construção de sociedades
pacíficas e inclusivas”, questões que já foram levantadas ano
passado no 4 º Fórum da ONU - Aliança das
Civilizações em Doha, no Catar.