O idioma alemão possui três formas gramaticais para designar gênero:
feminino, masculino e neutro. Esse detalhe no idioma causou polêmica no
Alemanha, depois de uma ministra questionar o fato de Deus ser designado
no masculino.
A polêmica teve início durante uma entrevista publicada na
quinta-feira (20) pelo semanário Die Zeit, quando a ministra Kristina
Schroeder, de 45 anos, gerou polêmica ao abordar esta questão quando
falava sobre educação.
- É complicado falar de Deus no masculino a sua pequena filha? – perguntou o jornalista à ministra, segundo o G1.
Como resposta Schroeder afirmou que o artigo não fazia muita diferença, mas que considera que o neutro seria igualmente correto.
- É simples, cada um deve decidir por si mesmo. O artigo não tem significado – respondeu.
A resposta da ministra desencadeou uma série de críticas de todos os
lados, incluindo de aliados de Schroeder no Partido da União Democrata
Cristã, até mesmo da chanceler Angela Merkel. O assunto foi discutido
durante a tradicional coletiva de imprensa dos porta-vozes de cada
ministério, um ritual sério organizado três vezes por semana, que
discutia também a dívida do Chipre e a relação entre Rússia e Europa.
As opiniões de Schroeder foram defendidas por seu porta-voz, que
citou a Bíblia, obras do papa Bento XVI ou o site oficial do Vaticano.
- Evidentemente, Deus não é nem homem, nem mulher. Tenho mais
confiança em um especialista [o Papa] do que naqueles que criticam a
ministra – afirmou o porta voz.
Fonte: Gospel+