O surto de violência no âmbito do conflito israelo-palestiniano,
iniciado a 15 de novembro, provocou 168 mortos, dos quais 163
palestinianos. Tal conflito levanta
especulações por parte dos evangélicos com relação a um possível
cumprimento de profecia que indica acontecimentos apocalípticos.
O
pesquisador religioso e teólogo Johnny Bernardo esclarece algumas
questões. Em entrevista ao The Christian Post, o teólogo cita que é
possível comparar os atuais acontecimentos com passagem de Ezequiel, que
cita conflitos entre Israel e nações próximas. Entretanto, ele diz que é
preciso ter cautela nas especulações.
Segundo ele, muitas
doutrinas por especular o apocalipse usaram fatos como manipulação
psicológica de seus adeptos. Johnny dá como exemplo ‘O Templo dos
Povos’, uma seita que conduziu mais de 900 adeptos a um suicídio em
massa.
No entanto, o teólogo, apesar recomendável cautela,
acredita na “atual crise na Faixa de Gaza há evidências conclusivas de
que as profecias de Ezequiel estão ganhando forma e dimensão”.
Para
ele, a presença de uma autoridade líbia na Faixa de Gaza e o apoio de
Mohamed Mursi, presidente do Egito, ao Hamas, parece conduzir a uma
coalizão próxima a de Ezequiel 38 e 39.
“Não apenas Líbia e Egito, mas também o apoio de autoridades turcas e
russas aos palestinos parece indicar, de fato, que algo grande está
para acontecer”.
O estudioso aponta para Magogue, Meseque e Tubal
(Ez 38.2,3), regiões ocupadas pelos antigos citas e tártaros, as quais
hoje correspondem à Rússia. O nome Meseque converteu-se em Moscou ou
Moskva. Tubal é a moderna cidade russa de Tobolsk.
Ele também cita
o bloco das nações aliadas onde aparecem os nomes de Gômer e Togarma
(38.6). Gômer veio a ser a Germânia (atual Alemanha) e, Togarma,
corresponde à Armênia e Turquia.
Em Ez 38.5 destacam-se ainda os
persas (Irã); os etíopes (Etiópia) e Pute (Líbia). “Seria mera
coincidência o fato de que, entre os versículos 2 e 6 de Ezequiel 38
temos descritas quase que a totalidade de nações opositoras a Israel?”
questiona o teólogo. “Tendo a pensar que não”, responde.
Johnny
finaliza dizendo que apesar de enxergar o cumprimento quase que rigoroso
das profecias de Ezequiel “não podemos, portanto, nos apressar no
sentido de que a totalidade dos eventos descritos ocorrerão
simultaneamente ou em sequência à crise na Faixa de Gaza”.